Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Saudade do Miles

25 maio 2003

Ontem estava lendo o jornal e o meu carrossel de 51 discos (placar: 49 de jazz, 2 Eric Satie), na função "random", sorteou um disco que fazia tempo eu não escutava, tendo, coisa raríssima inclusive, executado 2 músicas do mesmo CD em sequência (talvez, diria alguém que acredita piamente nas forças mágicas do imponderável, para compensar o tempo que levou sem executá-lo). Era "Fiesta", trilha sonora feita em colaboração por Miles e Marcus Miller para o filme do mesmo nome. Um filme "noir" de caráter. Mesmo passado em pleno deserto do Arizona, à luz do sol escorchante, a história é de traição, permeada de tristeza e melancolia extremas. Entretanto, a interpretação, o sentimento, impressos no sopro de Davis dão às músicas uma dimensão extraordinária, dentro do contexto jazzístico a que nos acostumamos a associar à simples menção de seu nome. Mas desta vez com um "twist" intimista, como poucas vezes pude ouvir ao longo da obra desse gigante. Foi-se o jornal para o chão. E eu na direção de devaneios assaz longínqüos daquele mero sofá.

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