Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

1. Sole Mio, Aldo Romano Quartet, Canzoni - solista Paolo Fresu

30 janeiro 2003

Não raro as melhores músicas de nossas vidas estão associadas a eventos muito prazerosos, onde companhia, ambiente, comida e o estado alterado e descontraído a que chegamos após os alguns drinks, contribuem decisivamente. Foi numa noite de verão que, acompanhado da Sílvia e do Enrico, estava eu na Locanda della Mimosa, a caminho de Itaipava, no Estado do Rio, avançando em uma incomensurável "polenta ai funghi" que só o Danio Braga executa com tanta maestria, quando meu velho e treinado ouvido captou ao fundo, quase imperceptível no meio das conversas de um salão cheio, um solo de trompete sobre um tema vagamente familiar mas indecifrável nas circunstâncias. Pedi silêncio à mesa, como maneira de eliminar por alguns segundos os sons mais próximos, para tentar captar melhor a música. Ante o olhar pasmo de minha mulher e meu filho que me olhavam como a um alienígena, fui concatenando as notas e aos poucos o mosaico foi tomando forma. Era sem dúvida o Sole Mio, clássico da música italiana de Capurro e De Capua (não, não é uma dupla caipira bolonhesa) mas interpretado de forma moderna, jazzificada, por um magistral solista, que imprimia um ritmo elegantíssimo a essa composição costumeiramente interpretada com tons de ópera.
Levantei-me da mesa e parti para o balcão onde imaginei estar o caixa e o equipamento de som, onde deparei-me com uma moça que gentilmente localizou e me mostrou a capa do CD. Aldo Romano Quartet, Canzoni. Confirmei: faixa 6 no equipamento, e na contracapa estava: Sole Mio. Anotei tudo num papel e voltei à mesa.
Para encurtar um história longa, foram dois anos procurando na internet e em lojas de jazz por um pistonista chamado Aldo Romano, sem sucesso. Pudera, Romano era o baterista e líder do conjunto. Quando finalmente achei o CD na Amazon e o recebi, lá constava, como pistonista, Paolo Fresu, esse grande mago italiano do sopro, discípulo do Enrico Rava.
Há no disco outras belas músicas, em sua maioria standards italianos, em interpretações jazzísticas. Mas como esse Sole Mio, não há nada parecido. É, sem duvida, uma das minhas 10 mais queridas.

Ficha técnica: Aldo Romano Quartet - Canzoni -1997. Paolo Fresu, tp; Franco d'Andrea, p; Furio di Castri, b; Aldo Romano, dr. Enja 9102

1. My One and Only Love

28 janeiro 2003

Era a primeira vez que eu comeria kidney pie, e a cerveja, claro, era uma Guinness cremosamente despejada num pint, num fim de tarde londrino. Aquela ida ao Lamb & Flag, entretanto, teria um significado muito mais profundo em minha vida - foi lá que conheci Johnny Hartman.
A eleição de uma música favorita pressupõe, é claro, uma coleção de vivências e lembranças com as quais se monta o quebra-cabeças da vida. Ao ouvir "My One and Only Love" pela primeira vez, naquela longínqua tarde de 1981, senti que minha vida passaria a dispor de uma companhia de timbre inesquecível, que, como um veludo incomparável, sensibiliza e acaricia a alma.
O disco que abriga a inesquecível canção chama-se "John Coltrane and Johnny Hartman", uma pérola gravada em New Jersey, no dia 7 de março de 1963, que teve como magistral formação, além dos dois monstros sagrados que titulam a obra, McCoy Tyner (piano), Jimmy Garrison (baixo) e Elvin Jones (bateria).
Companheira de tudo vivido a partir daquele momento, tenho nela cunhadas todas as minhas lembranças mais queridas.

My One and Only Love (Robert Mellin / Guy Wood)
Impulse! LP 107, John Coltrane & Johnny Hartman

E como uma coisa leva a outra

26 janeiro 2003

É tudo uma mera questão quanto à direção do fluxo de ar. Como diria o saudoso, impertinentemente extraordinário Paulo Francis, (o original, não o genérico), tratam-se de diferentes modalidades de um mesmo "trabalho de sopro".
Apresentando-lhes a mais bonita saxofonista, a holandesa Candy Dulfer.

Alegrando o visual, cortesia da Conchita

Helping To Make This Blog More Appealing

25 janeiro 2003

Hello Guys, I hope to find you in superb shape for this New Year. "The Boss" has summoned me to help him find some new images of nice girls smoking cigars, I understand that's a pretty hot issue (I read some comments, too) there. So this is to tell you I will send some to the virtual disk MauNah (Kea?)
created and has autjorized me in. Do ask him now to publish them, I found some that are truly interesting, on the elegant size of the matter.
And I shall be submitting my list also on the tunes/songs that have made me wonder up to now. Just wait for me!
Big Kisses For All.
B.T.W., Boss, I am very honoured to have my face in the fixed column. I take that as a compliment. T.Y., again!

LISTA DAS DEZ CANÇÕES DE MÚSICA POPULAR QUE MAIS MARCARAM SUA VIDA

24 janeiro 2003

Endossando simpaticíssima idéia do nosso comrade Fraga, submeto à consideração de nosso editor-chefe, sejam convocados todos os colaboradores a arrolar as 10 canções de música popular que mais marcaram a história de cada um.

Sugiro, caso aprovada a recomendação, se franqueie a indicação a todos as vertentes e ritmos tidos como populares (jazz, rock, pop, blues, samba, latino, rap, reggae, bossa-nova, música regional, folclórica, etc.), excetuando-se apenas os temas da chamada música "clássica" ou "erudita".

Cada canção, que poderá ser instrumental ou com letra, deve-se fazer acompanhar, se possível e para melhor identificação pelos demais, do(s) respectivo intérprete(s) e também do(s) compositor(es), se diferente(s) este(s) daquele(s), e album (ou show) em que o tema foi ouvido (os dois últimos caso se saiba ou lembre, sem nenhuma obrigatoriedade). Para tanto, em caso de dúvida, indico os sites www.allmusicguide.com, www.amazon.com e www.bn.com, como fontes de referência.

Ex:

1) "Martina" (Legrand/Marnay/Shaper), gravada por Bill Evans no album "Quintessence".

2) "So What", composta e gravada por Miles Davis no álbum "Kind of Blue", esta na versão original e naquela outra - devastadora - do quinteto formado por H. Hancock, W. Shorter, T. Williams, R. Carter e Wallace Roney para o Miles Davis Tribute, que excursionou pelo mundo e aqui aportou no Free Jazz Festival de 1992.

Aguardando sejam deslanchados os esforços, comprometo-me a postar as restantes 8 músicas daqui há uma semana, quando retornar de viagem.

Bene-X

AGORA SIM, OS "MAIS MAIS"

Aos amigos, em especial o querido Sazz, os verdadeiros "MAIS, MAIS", ou seja, os únicos nomes que figuraram na compilação de ambas as listas, dos "10 mais importantes" e "10 preferidos":

Charlie Parker
Bill Evans
Billie Holiday
John Coltrane
Miles Davis
Thelonious Monk


Note-se que de 10 possíveis, nada mais nada menos que 6 nomes estão em comum nas listas, o que dá bem a mostra do bom gosto dos editores do Blog, pois, mesmo a lista de preferidos - altamente subjetiva e sensível às mais diversas variantes - virtualmente concorda, em maioria, com a lista dos mais importantes. Em resumo, daqueles de quem se gosta mais aqui, 60%, em média, também figura entre as 10 legendas maiores da história do Jazz.

Aproveito a oportunidade para ratificar a sugestão dada a nosso editor-chefe, no sentido de que todas as listas compiladas, ou seja, o resultado final de nossas enquetes, permanece estampado definitivamente na coluna da esquerda da página, sob a alcunha de "hall of fame", todas datadas, a fim de que, após algum tempo, possamos checar as mudanças nas opiniões e gostos dos colaboradores.

Bene-X

LISTAS ATUALIZADAS

22 janeiro 2003

Com os votos do mestre JDR, as listas dos Dez Mais e dos Dez Favoritos do CJUB ficaram, ambas, com onze nomes. Quem seria louco de criar um quesito de desempate numa situação como essa? Acho melhor deixar como está, que tá bom demais...

Os Dez Maiores do Jazz
1 - Charlie Parker (8 votos)
Duke Ellington
3 - Louis Armstrong (7 votos)
4 - Bill Evans (6 votos)
Billie Holiday
John Coltrane
Miles Davis
Thelonious Monk
9 - Benny Goodman (5 votos)
Bud Powell
Dizzy Gillespie

Os Favoritos
1 - Bill Evans (5 votos)
John Coltrane
Miles Davis
4 - Billie Holiday (4 votos)
Dexter Gordon
Thelonious Monk
Milt Jackson
8 - Art Blackey
Charlie Parker
Ella Fitzgerald
Keith Jarret

Abraços à Todos!

Marcelink

JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI - AS LISTAS

21 janeiro 2003

Nosso mestre não falha. Aqui estão as suas listas. E assim ficamos prontos para a compilação final, a cargo de nosso célere e aplicadíssimo Marcelink, que até já foi recompensado pela trabalheira.

É humanamente impossível escolher os 10 mais importantes e os 10 favoritos numa arte excepcionalmente criativa e repleta de músicos extraordinários, sem qualquer sombra de dúvida os melhores do mundo. Escolher somente 10 será cometer inúmeras injustiças - portanto, minha lista estará recheada de injustiças que saltarão aos olhos dos ilustres confrades que me honraram com o convite de listar minhas preferências.

10 MAIS IMPORTANTES (são 11, sorry):

Jelly Roll Morton
Duke Ellington
Louis Armstrong
Charlie Parker
Dizzy Gillespie
Thelonious Monk
Bud Powell
Coleman Hawkins
Lester Young
Benny Goodman
Charles Mingus

Obs: e onde ficam Fletcher Henderson, Sidney Bechet, Art Tatum, Earl Hines, Charlie Christian, Wes Montgomery, Lionel Hampton, Count Basie, Dexter, Rollins, etc, etc ?

10 FAVORITOS:

Meu critério é listar os 10 SOLISTAS FAVORITOS, alguns dos quais sempre ouvi com enlevo, encantamento, emoção e entusiasmo em minha longa vida de jazzófilo inveterado, IMPROVISADORES maravilhosos aos quais jamais faltaram idéias, combinando continuidade irrepreensível com imaginação melódica e swing.
Nem todos são nomes conhecidos e estão longe de reunirem a unanimidade, mas são autênticos mestres da dificílima arte da improvisação - elemento que dá ao jazz a supremacia absoluta sobre a grande maioria dos demais gêneros musicais.

Charlie Parker
Bud Powell
Wardell Gray
Clifford Brown
Fats Navarro
Phineas Newborn Jr.
Duke Jordan
Milt Jackson
Lee Konitz
Lucky Thompson

Obs: e onde ficam Tommy Flanagan, Hank Jones, Teddy Wilson, Art Farmer, Johnny Hodges, J. J. Johnson, Greg Gisbert, Hampton Hawes, Charlie Christian, Wes Montgomery, Eric Alexander, Wynton Marsalis, Joe Pass, Jackie McLean, Hank Mobley, Joshua Redman, Benny Carter, Kenny Dorham, Sonny Clark, Tricky Sam Nanton, Lawrence Brown, Art Pepper, Sonny Stitt, Rollins, Chaloff, Ben Webster, Joe Wilder, Mark Elf, Horace Silver, Cedar Walton, Wynton Kelly, etc, etc ? O que posso fazer ?

E onde categorizar o genial composer-arranger Tadd Dameron, um dos maiores melodistas criativos de todos os tempos ao lado de Ellington e Strayhorn ?


-José Domingos Raffaelli

OS FAVORITOS E OS DEZ MAIS DO CJUB

20 janeiro 2003

Após a contagem de todos os votos, aqui está o resultado final:

Os Maiores do Jazz
7 votos - Charlie Parker, Duke Ellington
6 votos - Bill Evans, Billie Holiday, John Coltrane, Louis Armstrong, Miles Davis
5 votos - Thelonious Monk
4 votos - Benny Goodman, Bud Powell, Dizzy Gillespie
(Essa seria a lista dos dez mais do CJUB, com um empate triplo na última posição, mas como teve lista de 15 nomes e até de 10.5, que tal fazermos a nossa lista de 10 com 11!!!) Segue a contagem:
2 votos - Jelly Roll Morton, Lester Young
1 voto - Charlie Mingus, Coleman Hawkins, Ella Fitzgerald, Garry McFarland, Keith Jarret, Ornette Coleman, Steve Khun

Os Favoritos
5 votos - Bill Evans, John Coltrane, Miles Davis
4 votos - Billie Holiday, Dexter Gordon, Thelonious Monk
3 votos - Art Blakey, Ella Fitzgerald, Keith Jarret, Milt Jackson
(Essa seria a lista dos dez favoritos do CJUB) Segue a contagem:
2 votos - Charlie Parker, Dave Brubeck, Dizzy Gillespie, J.J.Johnson, Oscar Peterson
1 voto - Lester Young, Bud Powell, Duke Ellington, Ben Webster, Coleman Hawkins, Charlie Mingus, Stan Getz, Clifford Brown, Tito Puente, Paul Chambers, Sarah Vaughan, Lee Morgan, Chick Corea, Cannonbal Adderly, Jacques Loussier, Ray Brown, Max Roach, Gerry Mulligan, Charlie Haden, Stacey Kent, Roy Hargrove, Herbie Hancock, Michel Petrucciani, Sonny Rolins, Cyrus Chestnut, Steve Khun, Johnny Hartman, Ellis Larkins, Serge Chaloff.

Algumas observações:
- Foram computados os votos de todos os confrades mais os votos do nosso convidado especial Arlindo Coutinho. Os votos do mestre JDR ainda são esperados.
- A lista do Sazz serviu para as duas listagens.
- A primeira lista do Fraga serviu para os 10 Mais e a segunda para os Favoritos.
- Foram computados os 15 favoritos do Marcelon, os "regras-três" do Bene-X, a vaga "cavada" do Sonny Rolins e o meio voto do Petrucciani dados pelo Fraga.

Um Grande Abraço à Todos!

Marcelink

RUSSEL MALONE QUARTET - MISTURA FINA, 18/01 - @@@@

19 janeiro 2003

Um 2º set generoso - quase duas horas - foi suficiente para confirmar, ontem à noite, por quê Russel Malone é, hoje, ao lado de Mark Whitfield, o guitarrista mais requisitado, de sua geração, no meio jazzístico.

Acompanhado de seção rítmica clássica - piano, baixo e bateria - o guitarrista, de carreira low profile, sem a ascenção meteórica de outros young lions dos anos 90, privilegiou originals registrados em seus discos, fiéis ao mainstream, mas recheados de elementos soul, funk, latin e até rock.

Empunhando uma Ibanez, seu timbre, na meia amplificação, evoca o blues tradicional - ou, "de raiz", como gostam alguns "críticos" - próximo da sonoridade metálica de John Pizzarelli, enquanto, principalmente nas baladas e girando mais o botão do volume (isso mesmo), enfim apareceu o "veludo" que conhecemos, p.e., dos primeiros discos de Diana Krall para a Impulse.

Do set list, no geral repleto de eletricidade, destacou-se belíssimo tema em homenagem a Benny Golson, com ritmo e andamento propositadamente idênticos ao clássico "Along Came Betty", tal como o registraram para a Blue Note, em 1958, os Jazz Messengers de Art Blakey ("Moaning").

Em seguida, um "acidente de percurso" com o baixista - a corda sol arrebentou - obrigou-o a retirar-se de cena, motivando o líder a "sair do script" e abrir espaço solo ao jovem e promissor piano player (cuja fluência de idéias e absoluta independência das mãos remeteu ao underrated Phineas Newborn Jr.), a quem coube "entreter" a platéia com atraentes versões de "I Mean You" (Monk), "Skylark" (Carmichael/Mercer) e, em duo com Malone, "Stella by Starlight" (Washington/Young). Foi, sem dúvida, mais que a surpresa, o tempero extra da noite, os músicos provando-se verdadeiros jazzmen, sem dificuldades em fazer do improviso - literalmente - manifestação de arte superior.

Já no "bis", o virtuoso e seu grupo fecharam o set com uma bem humorada "paródia" ao blues moderno, ou "elétrico", a la "B. B" e outros "Kings", desfilando, quase sempre em tom jocoso, todos os clichês do gênero e mostrando, afinal, por quê nem o maior dos chamados "monstros" desse blues ruidoso jamais tocará sequer a metade do que um guitarrista de jazz é capaz.


Conversando com o Raffaelli...

18 janeiro 2003

Comentava com nosso JDR sobre o "Boston Blow Up", liderado pelo excelente sax-barítono Serge Chaloff, quando ele me perguntou se eu sabia em que circunstâncias Chaloff havia sido demitido da banda "Second Herd" de Woody Herman.
Disse que não. Ele me contou e agora passo a relatar-lhes, porque é muito engraçado.

Woody já estava meio arestado com Chaloff, que se endoidava bastante e estava causando seguidos problemas "on the road". Como estavam se dirigindo para Boston, cidade natal de Chaloff, Herman decidiu que ali seria o local ideal para dispensá-lo, economizaria assim o custo de uma passagem e Chaloff já ficaria "em casa". Lá chegando, Woody convocou Chaloff ao seu quarto e dispensou-o de seus serviços na banda.

Chaloff não gostou e demonstrou sua insatisfação por ser sacado assim tão repentinamente, sem nenhum tipo de aviso prévio. Mas pegou seus pertences e foi embora. Apenas para voltar uma meia hora depois e começar a berrar debaixo da janela do hotel em que Herman e a banda estavam hospedados, às margens do Charles River. Quando Woody finalmente apareceu na sacada, Chaloff perguntou-lhe se sabia o que era aquela mancha branca que boiava na superfície do rio. Quando Herman disse que não tinha idéia, Chaloff gritou-lhe: "São as partes de sax-barítono da banda. E sabe quanto tempo você vai levar para refazê-las?"

Woody sabia que um bom copista não levaria menos de seis meses. Chaloff foi recontratado imediatamente pois era o único que sabia tudo de cabeça. E permaneceu na banda por toda a turnê.

Acredita-se ter sido essa a demissão menos duradoura da história do jazz.

OS 10 + IMPORTANTES

16 janeiro 2003

DUKE
ARMSTRONG
MONK
MILES
DIZZY
BENNY
COLTRANE
BIRD
BILL
MINGUS

PS. Cadê o JDR?

Caros Confrades, como me mudei no final do ano, estava c/ algumas caixas cheias de cds. No último wekeend resolvi arrumar a coisa. É um processo legal pq vc redescobre cds, cds que não lembrava mais... Entre algumas pérolas, achei o cd UNCROWNED KINGS & LONG LOST THINGS do vibrafonista CHARLIE SHOEMAKE. Shoemake é um belo vibrafonista, muito criativo e c/ muita técnica. Talvez a melhor definição de Shoemake seja o título- Uncrowned King. Neste trabalho ele usa 2 trios: um c/ o guitarrista Bruce Forman e Fred Atwood no baixo. Fred é um talentoso baixista que usa muito aqueles estalos do Ray Brown e o Bruce é um sensacional guitarrista que já tocou c/ muita gente, inclusive c/ Ray Brow no cd "Some of my best friends... guitarists".
A segunda formação é composta do baixista Luther Hughes( trabalhou c/ Gene Harris e Dave Pike, entre outros) e o baterista Paul Kreibich( trabalhou,p.e.,c/ Victor Lewis) O cd é bom do início ao fim. É um cd cheio de variáveis, c/ belos solos e muito entrosamento entre os músicos. Ele é cool , gostoso e pede um copo de uísque para ser saboreado.
Abs. a todos, Marcelon

E atendendo a insistentes pedidos

A Lista dos Mais Mais do Professor Sazz

14 janeiro 2003

Simplesmente os 10 mais, mais (alphabetic order):
1) John Coltrane
2) Miles Davis
3) Duke Ellington
4) Bill Evans
5) Gary McFarland
6) Billie Holiday
7) Keith Jarrett
8) Steve Khun
9) Thelonious Monk
10) Charlie "Bird" Parker

E tenho dito; ou melhor escrito.

Fraga - Outros Dez

Sem a erudição de nosso querido Bene-X - que já, já, estará nas páginas de grande circulação - quero listar aqueles que, apesar de não incluídos nos chamados "Top Ten", colorem significativamente meu dia-a-dia:

1. Dexter Gordon
2. Thelonious Monk
3. Johnny Hartman
4. Ellis Larkins
5. Serge Chaloff
6. Keith Jarrett
7. Coleman Hawkins
8. Ornette Coleman
9. J.J.Johnson
10. Art Blakey
10,5. Michel Petruccianni

Mas confesso que tenho que arranjar uma vaga para o Sonny Rollins...

BENE-X : OS DEZ FAVORITOS

13 janeiro 2003

Com extrema dificuldade de peneirar, lá vai:

BILL EVANS, do início ao fim, 1º, 2º, 3º e 4º trios, small combos e gravações com orquestra, absolutamente tudo.
MILES DAVIS, do início ao fim, mas principalmente até o "In a Silent Way";
ELLA FITZGERALD, do início ao fim, com Chick Webb; os Songbooks; em trio, big bands ou string orchestras; toda a Verve; toda a Pablo; os inigualáveis concertos de Estocolmo 1966, Santa Monica Civic 1972 e Newport 1973; as aparições em Montreux; tudo, enfim, inclusive o disco final, emocionante, "All That Jazz";
CYRUS CHESTNUT, muito mais pelas performances ao vivo, do que pelos discos. É uma pena não tenha nenhum disco ao vivo, o qual, este sim, revelaria a todos a genialidade deste pianista, só testemunhada por quem já atendeu a qualquer de seus concertos.
JOHN COLTRANE, do início ao fim, bebop, post-bop, hard-bop, free, tudo;
TITO PUENTE, o que seria do jazz sem o Latin Jazz, especificamente o Afro-Cuban Jazz ?
PAUL CHAMBERS, no instrumento, a ponte entre a tradição e a vanguarda;
MILT JACKSON, ouvido absoluto, o improvisador mais seguro e perfeito a que já assisti;
ART BLAKEY, a quem devo meu ingresso no mundo do Jazz e que persiste como baterista referência em minha mente; e
DEXTER GORDON, a verdadeira antologia do sax tenor, da tradição ao moderno, praticamente insuperável, seja no bop seja nas baladas.

Para não fugir a meus princípios, novamente me permito nomear dois "regra três", a saber:

SARAH VAUGHAN, disparado a maior improvisadora, no jazz vocal, de todos os tempos, insuperável nos scats, tudo sem contar os excepcionais flertes com o pop ao longo de tão profícua carreira (discos de música e com músicos brasileiros; o antológico - que cantora de Jazz já te faz dançar ? - tributo aos Beatles, etc.); e, finalmente

LEE MORGAN, pelo resgate do som aberto, do qual, depois de Miles, o Jazz já ia praticamente se esquecendo, aliado ao embrião do delicioso "Funk Jazz", tão em voga durante a década de 60, sem perder, nunca, a ligação com a verdadeira tradition.

ARLINDO COUTINHO - AS DUAS LISTAS

Eis as listas do grande amigo comum e notório conaisseur A. Coutinho, a mim gentilmente passada agora à tarde, pelo celular, enquanto ele "fazia mercado":

OS DEZ MAIS IMPORTANTES:
Louis Armstrong
Charlie Parker
T. Monk
Dizzy Gillespie
Benny Goodman
Bill Evans
Jelly Roll Morton
Duke Ellington
Billie Holiday
Bud Powell


OS DEZ FAVORITOS:
Monk
C. Parker
D. Gillespie
Clifford Brown
Dexter Gordon
Bill Evans
Bud Powell
Billie Holiday
Ray Brown
Max Roach

CJUB em Festa

Soube há pouco, durante minha visita diária ao CJUB, que nosso editor chefe Mau Nah e nosso confrade e maior cronista Fraguinha, dividem a mesma data de aniversário, cabendo então um duplo parabéns! Agradeço ao Bene-X por ter me apresentado à Mauro Nahoum no Chivas e ao Fraguinha em sua residência. Ambos amigos e companheiros de bom papo e sobretudo boa música.
Feliz do Blog que conta com uma dupla tão especial!
Parabéns e que a vida seja sempre repleta de charutos em riste, uísque no copo e jazz ao fundo!

Um grande abraço à todos.

Marcelink

Transcrição de artigo da Elle Atitude, sobre mulheres e charutos

12 janeiro 2003

CHARUTO DA PAZ
Ninguém "fuma" charuto nos encontros realizados na Tabacaria Caruso.

Homens e mulheres vão até lá para "degustar" charutos.

Essa é uma das sutilezas aprendidas pelos freqüentadores do Happy do Caruso, como ficou conhecido o evento realizado quinzenalmente na tabacaria paulistana.

Quem ensina os novos membros da confraria a dar baforadas com estilo é a proprietária do lugar, Adriana Caruso, 46 anos, representante da terceira geração de uma família de entendidos no assunto.

De acordo com Adriana, os iniciantes devem optar pelos charutos leves e finos. Ainda sim, não há como fugir da leve sensação de embriaguez. "Mas você não fica alterada. Apenas tem a sensação de que o mundo está mais colorido", explica.

Uma das novas integrantes do grupo é filha de Adriana, a estudante Juliana, de 19 anos. "As pessoas aqui têm uma empatia que surge por causa do charuto", diz. "É como se todos falassem a mesma língua."

Mauro Nahoum

Final de tarde de uma terça-feira, ano de 2002.
Como de hábito, Mr. Sazz e eu rumamos para a Modern Sound, onde, de há muito, ouve-se música ao vivo da melhor categoria acompanhada de um honesto cachorro engarrafado que nos é oferecido pelo nosso bom Lima. Além disso, pode-se degustar um bom puro, o que, convenhamos, torna o programa mais agradável.
Naquela tarde, entretanto, tudo isso ficou em segundo plano - Sazinho já havia me advertido que lá estariam alguns amigos de ótimo papo e apurado gosto musical, só esqueceu de avisar que um deles era o Mauro Nahoum.
Como na vida as explicações são sempre secundárias em relação aos sentimentos, não há como definir, usando palavras do próprio, o porquê de Mau Nah ser meu mais recente velho amigo.
Hoje, data de seus 50 anos, quero enviar meu fraterno abraço ao querido amigo, desejando que não lhe faltem os robustos que tanto aprecia, os bons maltes e vinhos, e, evidentemente, a boa música, torcendo para que eu possa desfrutar de suas incomaparáveis sensibilidade e elegância nos próximos 50 anos.
Saravá, meu irmão.

Meus Favoritos( Marcelon)

Queridos Confrades, após uma longa ausência não relacionada a charutos, uísque e jazz, retorno me defrontando c/ as listas. Vou tomar a liberdade de colcar os meus 15 favoritos. Os mais importantes, acompanho o Grande Fraga.
BILL EVANS
COLTRANE
MILES DAVIS
CHARLES MINGUS
MILT JACKSON
HERBIE HANCOCK
OSCAR PETERSON
DIZZY GILLESPIE
DAVE BRUBECK
STAN GETZ
CHICK COREA
CANNONBALL ADDERLEY
JACQUES LOUSSIER
KEITH JARRET
THELONIOUS MONK

PS: O melhor show que eu vi ultimamente foi da Viviane Araujo. É jazz do início ao fim.
Grande abraço a todos e um feliz 2003

P. J. Clarke's, NYC

10 janeiro 2003

O ano, lembro-me bem, era 1997, e eu estava em um de meus escritórios favoritos em Nova Iorque, o P. J. Clarke's.
Numa tarde fria de janeiro, após vários drafts de Bass Ale e o papo incomparável de Dennis Fitzgerald, grande bartender e querido amigo, fui abordado, em pleno balcão, por um sujeito desengonçado, meio cafona (americano típico), que, ouvindo nosso papo sobre música brasileira, perguntou-me se eu gostava de Ivan Lins. Para resumir a história, consegui trocar uma cópia de "A Noite" por nada menos que o antológico pirata de Johnny Hartman gravado no Japão, com banda japonesa.
Pois bem, o nome do sujeito, que descobri mais tarde ser uma enciclopédia de jazz, é John Nigrelli, e decidimos, vários shots à frente, eleger os 100 melhores discos de jazz da história - imaginem o estado em que nos encontrávamos. Evidentemente, não tivemos condições de chegar aos primeiros 50, visto termos declarado nossos nocautes recíprocos.
Meses mais tarde, recebi um e-mail dele listando seus 10 discos favoritos. Como estamos em frenética época de eleições aqui no muro, gostaria de transcrever a simpática mensagem. Lá vai:

"My Dear Friend Fraga,
Well, at last, I finally have a few minutes to share with you my favorite recordings from my collection. I have been traveling quite a bit, (I was in New Orleans for the week prior to Mardi Gras and heard some very good music), thus I am late in getting this to you. Please forgive me up front as I am very opinionated about Jazz, Beer and Tobacco ... but who isn't?
Maybe I switch around the order from time to time and maybe you are not surprised about my picks; but these are played over and over in my house. My eldest son Matthew could tell Miles from Monk before he was three years old so I guess people around me hear a lot of Jazz.
1. Kinda Blue - Miles Davis
2. Giant Steps - John Coltrane
3. Monk's Music - Thelonious Monk
4. Ah Umm! - Charles Mingus
5. And His Mother Called Him Bill - Duke Ellington
6. The Atomic Basie - Count Basie
7. Incredible Jazz Guitar - Wes Montgomery
8. Saxophone Colossus - Sonny Rollins
9. Jazz Giant - Bud Powell
10. Clifford and Max Roach - Clifford Brown and Max Roach."

Grande Nigrelli, de quem perdi contato, mas a quem seguirei buscando pelos "Google" da vida para trazê-lo para este nosso canto ...

Fraga - Top Ten

Como não disponho da capacidade de meus confrades para discutir a importância do jazz e sua história, listo meus favoritos, aqueles que são e serão companheiros pela vida afora, sem qualquer ordem de preferência.
1. Billie Holiday
2. Bud Powell
3. Charlie Parker
4. Dizzy Gillespie
5. Bill Evans
6. John Coltrane
7. Louis Armstrong
8. Miles Davis
9. Lester Young
10. Duke Ellington

MAU NAH - AS LISTAS

09 janeiro 2003

Os Mais Importantes:
Benny Goodman
Bill Evans
Billie Holiday
Bud Powell
Charlie "Bird" Parker
Duke Ellington
John Coltrane
Louis "Satchel Mouth" Armstrong
Miles Davis
Thelonious Monk;

Considero a lista acima um mero exercício de ordenação diferenciada, posto que há pouca ou nenhuma divergência quanto a esses clássicos, imprescindíveis, os monstros. Acho que teremos oportunidade de desvendar nossos gostos pessoais na lista dos favoritos, onde, a despeito de algumas repetições inevitáveis, há campo para falar dos sentimentos despertados por uma variedade extensa de músicos, estilos, timbres e ritmos e a sensação que causam nos pêlos de nosso antebraço. Ou da capacidade de nos fazer rir internamente. Assim, seguem os meus Favoritos em ordem alfabética, respeitando a quantidade proposta entre 30 outros tantos que poderiam estar, facilmente, aqui):
Bill Evans; Billie Holiday; Charlie Haden; Dave Brubeck; Ella Fitzgerald; John Coltrane; J.J. Johnson; Miles Davis; Roy Hargrove e Stacey Kent .

LISTA 1 - BENE-X - OS DEZ MAIS IMPORTANTES

Sem qualquer hierarquia ou preferência, mas simplesmente por sua importância na história do jazz:

1) JELLY ROLL MORTON, o primeiro grande compositor de jazz.
2) LOUIS ARMSTRONG, o primeiro grande solista.
3) DUKE ELLINGTON, o maior músico de jazz de todos os tempos.
4) BENNY GOODMAN, the king of swing, só.
5) CHARLIE PARKER, o solista mais revolucionário.
6) BILLIE HOLIDAY, a contora sinônimo do jazz.
7) BILL EVANS, o Chopin do jazz.
8) MILES DAVIS, o músico mais bem pago da história do jazz, um arregimentador inigualável de grandes músicos e um obsessivo na busca de novidades.
9) JOHN COLTRANE, desde o timbre agudo até a transposição do estilo parkeriano para o tenor, levando ao extremo a improvisação modal, era, para os movimentos negros de luta dos anos 60, o símbolo, no mundo do jazz, do grito do negro americano por diretos iguais.
10) THELONIOUS MONK, uma espécie de "Mozart" do jazz, pela genialidade e inventividade, porém, ao mesmo tempo, certa inocência e mesmo pureza nas composições, apesar das dissonâncias. Era um pianista fully acomplished mas que preferia a economia, na execução. Um louco genial, absolutamente revolucionário nos quesitos primordiais do jazz: composição e improvisação.

Se pudesse, escalaria, como regra três,

11) BUD POWELL, o pianista mais influente na história do jazz; e
12) ORNETTE COLEMAN, pela ode à total liberdade de improvisação que seu free jazz representou, livre dos chords do piano, marcando uma geração de grandes músicos que surgiam e mexendo até mesmo com a cabeça de vários gigantes então já estabelecidos.

Segue, mais tarde, as lista dos 10 PREFERIDOS.
Amigos (as), já que o negócio é lista ( ufa, ufa voltamos a musica...) aproveitando a deixa do Marcelink, e para aqueles que ainda não tiveram conhecimento, foi divulgado essa semana a lista dos melhores cd's de jazz de 2002, segundo os críticos da "Down Beat" e " Jazz Times" a saber :

A) DOWN BEAT ( Só relacionou os 5 estrelas do ano )
1) Footprints live! ( Wayne Shorter Quartet ) - Verve
2) Always let me go - live in Japan ( Keith Jarrett Trio ) - Ecm
3) Inside Out ( Keith Jarrett Trio ) - Ecm
4) Odissey ( Marilyn Crispell Trio ) - Intakt
5) Footloose and fancy free ( Bill Bruford Group ) - Global Mobile

B) JAZZ TIMES
1) Footprints live! ( Wayne Shorter Quartet ) - Verve
2) Always let me go - live in Japan ( Keith Jarrett Trio ) - Ecm
3) What goes around ( Dave Holland Band ) - Ecm
4) A Beautiful day ( Andrew Hill & Orchestra ) - Palmetto
5) Faces and places ( Joe Zawinul Group ) - Ecm
6) Largo ( Brad Mehldau Trio ) - Warner
7) Modernistic ( Jason Moran ) - Blue Note
8) Soul of things ( Thomasz Stanko & Trio ) - Ecm
9) Live at Village Vanguard ( Tom Harrell ) - Blue Note
10) Inside Out ( Randy Sandke ) - Nagel Heyer

Gostaria de conhecer os comentários dos nossos experts ( JDR, A.Coutinho, Bene-x, Fraguinha e demais ), cabendo de cara a observação de que não foi selecionado nenhum " cd " de canário, e que dos relacionados não tenho e sou candidato a copiar ou pelo menos a ouvir os trabalhos do Jason Moran ( piano ) e do Randy Sandke ( trumpet ).
Para terminar o registro da justíssima indicação ontem ao Grammy de 2002, como melhor cd de Jazz latino do Duduka da Fonseca ( Samba, Jazz e Fantasia ).

Os Dez Mais

08 janeiro 2003

Deixando um pouco de lado os charutos e as receitas, venho propor aos confrades mais uma confecção de listas, duas precisamente. No livro do Jorginho li que lhe ocorreu a idéia de entrevistar músicos e críticos (infelizmente o CJUB não existia na época) sobre qual seriam as dez figuras mais importantes na história do Jazz. De Dizzi Gillespie a Vinícius de Moraes, os mais diversos músicos e críticos listaram seus dez mais. Bem, porque então o CJUB não faz a sua? Proponho que cada um de nós faça a sua lista dos dez mais importantes e uma outra lista com os dez favoritos pessoais. As minhas listas são:
As Dez Figuras Mais Importantes do Jazz:
- Louis Armstrong
- Duke Ellington
- Lester Young
- Billie Holiday
- Coleman Hawkins
- Charlie Parker
- Dizzy Gillespie
- Ella Fitzgerald
- Miles Davis
- John Coltrane

Os Dez Favoritos Pessoais
- Dexter Gordon
- Ben Webster
- Coleman Hawkins
- Lester Young
- John Coltrane
- Miles Davis
- Art Blakey
- Milt Jackson
- Oscar Peterson
- Ella Fitzgerald

Espero pela listas de todos os confrades e colaboradores!
Abraços à todos

Marcelink

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Charutos Cubanos Paraguaios II

06 janeiro 2003

Caros Amigos,
A Veja desta semana (página 64) fala sobre uma grande operação feita em SP, semelhante a que ocorreu em dezembro no Rio, nas grandes tabacarias paulistas onde foram apreendidos cerca de 1000 charutos cubanos. A empresa Puro Cigar de Habana suspeita que grande parte seja falsificada e contrabandeada. Os donos das tabacarias defendem-se dizendo que adquiriram os charutos de outros países.
Outra notícia que li estes dias foi sobre os presentes que o Comandante Fidel, grande ídolo do nosso editor chefe Mau Nah, trouxe para seus amigos Zé Dirceu e Lula. Para o Zé uma caixa com 100 charutos de sua reserva especial e para o nosso presidente caixas para durarem por todo o mandato!

Abraço à Todos.
Marcelink
Porra Fraguinha, para de sacanagem ou coisa do genero pois daqui a pouco vamos ter receita de bolo e afins e este blog não é para isso... Com a palavra nosso editor chefe para não disvirtuar ENQUANTO É TEMPO.
Para se dirimir escreva sobre a MSound de sábado, pois afinal o nosso mote principal é a musica.
A propósito fiquei devendo ao Mau Nah uma explicação sobre a nota dada ao cd do J.T.Meireles, que de fato foi muito mais emocional, do que pela qualidade musical do mesmo, não vejam nisso qualquer demérito ao trabalho, pelo contrário deve ser enaltecido como um dos grandes lançamentos de 2002, digno da nota dada.
Na próxima vou comentar o novo cd do Cesar Camargo Mariano em duo com Romero Lubambo.

Mojito

03 janeiro 2003

Reza a lenda que a forma mais prática de obter salvamento quando se está perdido numa selva é dispor de um kit para dry martinis - sempre aparecerá alguém questionando a qualidade da fórmula que se propuser para seu preparo ... . Ainda que a dimensão não seja a mesma, o preparo do mojito segue sorte semelhante.
Drink imortalizado por Hemingway, que cunhou a célebre frase "Mi daikiry en El Floridita, mi mojito en La Bodeguita", o mojito é uma bebida de alma refrescante, ideal para o clima tropical e companheiro inseparável de um bom puro.
Apesar da preferência do grande Hemingway, ouso discordar da qualidade do mojito apresentado na Bodeguita, preparado em escala industrial, sendo meus favoritos o do Hotel Ambos Mundos (do bar do terraço, não do saguão) e o do Cafe del Oriente, na Plaza San Francisco, em frente à catedral de mesmo nome. Em Havana os preços flutuam entre US$ 3 e US$ 6 (o mais caro, da Bodeguita, evidentemente).
Ainda que apaixonado pelo daikiry da Floridita (este sim, o melhor da Ilha, disparado), aprendi bastante quanto à técnica de preparo do mojito, minha bebida favorita em Cuba, e que, em minha opinião, apresenta pequenos segredos no seu preparo.
Inicialmente, deve-se macerar suco de limão com folhas de hortelã até que se obtenha redução total da folha, formando um volume de aproximadamente 1 oz. (30 ml.). Obtida a redução, em um copo de drink longo adicione-se 1 1/2 oz. (50 ml.) de rum Havana Club Silver Dry (rótulo branco), misturando bem (stirred, not shaken) com uma bailarina, e adicionando-se açúcar a gosto. O segredo vem agora, na última parte do preparo, quando se deve bater vigorosamente, com a bailarina, o club soda em sua descida, de forma a criar um ambiente espumante no copo (é a forma mais correta de gaseificar o drink). Adicione-se, ao final, 2 gotas de angostura, 3 pedras de gelo, decorando a "solução" obtida com folhas de hortelã.
Saúde !!

Charge# 1

Desculpem a digressão, mas neste site se pode criar uma pequena historia em quadrinhos. Recebi o endereço ontem e não resisti a experimentá-lo. A brincadeira ficou assim:

Usem sua criatividade, rapazes. Y Conchita también!
Caros leitores e amigos, depois de algum tempo ausente por razões diversas, fim de ano, viagem e acúmulo de labuta, volto com prazer a dedicar algumas poucas palavras e pelo visto as primeiras de 2003.
Para começar quero anunciar que trouxe de Santiago ??? entre outras bolachas, o registro no Woodstock Jazz Festival de 1981 (Cd, com muita cara de pirata) do encontro de nada mais nada menos que Chick Corea, Pat Metheny, Mirouslav Vitous, Jack DeJohnette e os inusitados sopros de Lee Konitz e Anthony Braxton, que completam uma banda assistida com certeza por alguns privilegiados e cuja sonoridade do cd não é das melhores, valendo muito mais como registro e que coloco a disposição de quem se interessar.
Gostaria aqui de comentar e recomendar o excelente lançamento pela Dubas (também responsável pelas re edições do Copa 5 e Copa 7), do novo cd do J.T. Meirelles e os Copa 5, talvez o nosso maior discípulo de Art Pepper (espero que o JDR concorde) criador do Samba Jazz e que ficou a margem da musica, durante muito tempo, tendo inclusive vendido seus instrumentos (sax e flauta) por total desgosto e descaso principalmente das grandes gravadoras, que hoje estão colhendo as ervas daninhas que plantaram.
Cabe observar tratar se de trabalho composto, arranjado e produzido pelo Meirelles, que volta em grande forma e muito bem acompanhado por Guilherme Dias Gomes, Laercio de Freitas (boa surpresa ao piano), Adriano Giffoni além do mago do ritmo Robertinho Silva, portanto termino essas poucas linhas com a nota @@@@@ ;desejando a todos um brilhante ano e com muitos encontros sonoros e festivos...