Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BENNIE WALLACE, "The old songs"

13 setembro 2002

Em boa hora fui convidado a resenhar "The Old Songs", trabalho de 1993 do saxofonista Bennie Wallace, focado em standards e para o qual fez-se ladear de Bill Huntington (baixo) e do veterano Alvin Queen (bateria), além de, tão só em duas das nove faixas do CD, do decano pianista Lou Levy. Digo "em boa hora", porque este tipo de trio - pouco comum - de sax, baixo e bateria, em que, na seção rítmica, se dispensa o piano, há muito vinha provocando considerações que passo a dividir com os colegas do Blog.

Em primeiro lugar, sempre chamou a atenção a relação de "amor e ódio", ao mesmo tempo, que alguns horn players - entre eles, gigantes - mantiveram e mantêem com o piano.

Se, de um lado, o piano é guia melódico e harmônico, nos acordes, para o solista, ajudando-o, nos improvisos, a não "se perder" do eixo central do tema e suas passagens, de outro, às vezes é tomado, por alguns, como limitador de sua liberdade de criar e estender esta criatividade "para além" do que seria "afim" à composição, mas, nem por isso, deixando de ser arte.

Em resumo, o piano representaria uma espécie de "prisão" para o improvisador mais audaz.

Lembro-me, já de sopetão, de Miles, nas memoráveis sessões dos Lps "Miles Davis and the Modern Jazz Giants" e "Bags Groove", nas quais o lider mandava nada mais nada menos que Monk parar - literalmente - de tocar, enquanto o trumpetista estivesse solando, porque os acordes "tortos" do pianista - embora a tantos parecessem geniais - "incomodavam" Miles e "atrapalhavam-no" nos improvisos, como ele mesmo descreveu em sua autobiografia.

(Continua)

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