Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

26 julho 2002

Noite de quarta feira, CCBB, uma programação estimulante: Ricardo Silveira fazendo um tributo ao seu maior ídolo (como afirmado por ele no show) Wes Montgomery, um dos mais competentes guitarristas que o jazz já teve. E se não o precursor, um dos mais destacados nos solos em oitavas e de acordes.
Nosso excelente Ricardinho não decepcionou em nenhum momento, e conseguiu abrilhantar sua apresentação com muita competência nesses acordes e no dedilhar acústico, em tudo semelhantes aos do seu paradigma. Sua escolha de repertório foi muito boa, misturando standards como I've Grown Accostumed to Her Face, Round Midnight e Body and Soul a outros hits de Montgomery mais populares, e nem por isso menos estimulantes como Tequila, Full House e Road Song, esta numa interpretação singularmente bela e precisa de Ricardo.
No piano, o jovem e promissor Marcos Nimrichter se destacou em solos seguros e muito criativos enquanto pôde, posto que foi quase sempre abafado, nos seus parcos momentos de "solo playing", pela bateria pesada e destoante -em volume de amplificação e na estrutura inadequada- de Carlos Bala, cabível num show de rock porém nunca em uma apresentação que se sabia de antemão intimista. Um bom baterista que foi, a meu ver, incorretamente escalado pela produção do evento pois sua vontade de destacar-se em todos os números e o peso desmesurado que colocou em TODOS os temas fizeram os aficcionados torcerem-se em seus lugares, rezando para que alguém de bom senso cortasse a energia dos 4 ( ! ) microfones que amplificavam sua já vigorosa cozinha, o que infelizmente não ocorreu.
Por outro lado, como um oásis de competência, a figura serena, segura e profissional do baixista Jorge Hélder abrilhantou a seção rítmica, mantendo com Ricardo estimulantes colóquios nas peças de maior intensidade.
Um ótimo espetáculo que, não fosse a pirotecnia deslocada de Bala, teria lugar garantido junto das nossas melhores lembranças. Talvez tivesse sido útil haver convidado o baterista ao Chivas Jazz deste ano, onde apresentaram-se diversos outros profissionais das baquetas, todos praticando suas musicalidades em instrumentos com montagem parca e leve, posto que no jazz moderno tendem a ser usinas de ritmo e, não necessariamente, de barulho. Com a palavra os demais assistentes.

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