Aqui você vai encontrar as novidades sobre o panorama nacional e internacional do Jazz e da Bossa Nova, além de recomendações e críticas sobre o que anda acontecendo, escritas por um time de aficionados por esses estilos musicais. E você também ouve um notável programa de música de jazz e blues através dos PODCASTS.
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NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
..: ESTE BLOG FOI CRIADO EM 10 DE MAIO DE 2002 :..
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27 maio 2002
cantando os clássicos da música americana, ainda não viu nada. Parem o que estiverem fazendo e cheguem à boa loja mais próxima em busca de qualquer de seus discos. Em caso de emergência, dá para buscar na rede (vide nota anterior, aqui em baixo).
Stacey tem uma entonação e um timbre tão peculiares e uma maneira de particionar os andamentos tão particularmente sua que é um sopro de novidade (embora lá fora seja conhecida há mais tempo) para nossos ouvidos treinados e acostumados às Ellas, Carmens e Cassandras. Acho que fica tudo em suspenso, momentaneamente em segundo plano, em matéria de interpretações femininas, com a descoberta de Stacey Kent. E enquanto não me familiarizo com Dee Dee Bridgewater, aposto meus ouvidos na americaninha que foi estudar música em Londres, onde tem fã clube de carteirinha.
26 maio 2002
E quem tiver informações sobre as boas faixas da Dee Dee Bridgewater, que recomende aqui. Abraço.
que já está comigo. Mas estarão recebendo mais em breve. E dizer para todos que o baixista original, que não pode vir ao Brasil, o senhor François Moutin, é um monstro do mesmo nível dos outros dois, o que faz desse disco uma maravilha absoluta. Basicamente recheado de standards, é show de bola pois, a despeito da imensa torrente de notas do líder, dá para acompanhar mesmo os solos mais longos e intrincados.
Discos do Pilc na Barnes and Noble
24 maio 2002
O primeiro, o segundo e o terceiro.
Abraços e mais tarde nos vemos no Chivas,
Benechis
Como atração seguinte, uma grata surpresa (não para todos) causada pelo atual baixista do novo Chick Corea Trio.
Na verdade Avishai o caçula do "cast ", tocou seu primeiro instrumento, que é o piano, com boa articulação, mas demonstrando que o Corea tem razão, ou seja: nos contrabaixos (acústico e elétrico) está o seu diferencial, muito bem acompanhado pelo arranjador e trumpetista cubano, tendo como ponto alto da sua apresentação o solo de contrabaixo seguido pelo naipe de sopros.
VALEU AVISHAI
por José Sá
23 maio 2002
Como uma tempestade, Pilc iniciou sua apresentação de forma vigorosa, ganhando a imediata cumplicidade da platéia pela forma inusitada do fraseado com que circundou o tema "So What" que Miles Davis compôs e consagrou. A menos de um minuto de execução, Pilc parou a música gritando "non, non, non" aos fotógrafos que começavam a fazer seu trabalho. Explicando ao microfone que sua integração aos músicos era, de forma importante para sua arte, também através do contato visual, Pilc pediu a retirada dos fotógrafos declarando-se tímido, e que as máquinas e flashes perturbariam sua atenção. Foi aplaudido pela platéia composta quase que exclusivamente de grandes amantes de jazz -havia pouquíssimos outsiders- por sua maneira humilde e franca de explicar a situação. Ato contínuo, voltou ao piano e com um meneio de cabeça feito ao seu baterista, de um só golpe e exatamente no mesmo lugar de onde tinha parado, retomou o tema numa velocidade vertiginosa e com sua técnica soberba deixou todos que não o conheciam (a maioria, acho) estupefatos e boquiabertos. Isso, na primeira música.
As execuções de Pilc foram acompanhadas milimetricamente por seu baterista, o qual, de fato, não tirava o olho de Pilc. Defino-o como um "furacão engarrafado" pois, dotado de impressionantes rapidez e vitalidade, não fez um barulho sequer além do necessário para enfatizar as passagens fulminantes de Pilc. Munido de vassourinhas de aço manejadas num misto de delicadeza de toque e velocidade espantosa, o americano da Philadelphia Ariel (Ari) Hoenig encantou a todos com sua imensa força contida, a qual despejava em ataques fulminantes, de um rigor técnico impecável. Tudo isso numa bateria com apenas 4 caixas e dois pratos (além do contratempo). A disposição da bateria bem na frente do palco, em linha com Pilc, prenunciava um mestre. E assim foi.
O baixista do grupo, o francês Thomas Bramerie, que ora substitui François Moutin, baixista do trio "cativo" de Pilc, apoiou a dupla sem brilho particular, talvez devido à excelência de Pilc e de Hoenig. Cumpriu sua difícil tarefa dignamente, sem comprometer ou se destacar um só momento. Por várias vezes imaginei alguns substitutos para ele, naquela hora. Desfilei uns 10 nomes talvez, tentanto adequar o som monstruoso que ouvia a um baixista com mais personalidade. Senti uma imensa saudade do nosso Nico Assunção, cuja vivacidade e técnica encaixar-se-iam precisamente à dos dois gênios da noite.
Há muito tempo não ficava tão impressionado com uma performance. Foi uma grande e prazerosa avalanche sonora.
Nota: máxima
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Quanto à apresentação de Chico Freeman e a banda Guataca, começou como um espetáculo deplorável de seis sujeitos fazendo um ritmo alatinado barulhento, onde o saxofonista passou mais tempo tocando reco-reco do que sax. A despeito da presença de Hilton Ruiz, pianista conceituado, saímos na segunda música. Nota: sem conceito.